quarta-feira, 24 de outubro de 2007

"In Vino Veritas"


Tendo em conta que o ser humano é um produto do mundo contemporâneo, a verdade não é tida em consideração. Os órgãos de poder são os primeiros a escapar-se dela. Por isso deixo o seguinte excerto para suscitar a reflexão:

"Constantin indicava como divisa da reunião: in vino veritas, pois que decerto deveria haver discursos e não mera conversação, mas não se discursaria senão in vino, e nenhuma verdade havia de ouvir-se senão a que está in vino, sendo o vinho a defesa da verdade e a verdade a defesa do vinho. (...)
Primeiro, que não poderiam começar os discursos senão após a refeição, e que cada um não poderia discursar antes de ter bebido o bastante para notar o poder do vinho, ou seja, enquanto não estivesse naquele estado em que se diz muita coisa que de outro modo não se gostaria de dizer, mas sem que contudo a conexão do discurso e do pensamento fosse constantemente interrompida por soluços."

Texto retirado do livro In Vino Veritas de Kierkegaard.

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