terça-feira, 11 de março de 2008

Novidade Assírio Alvim


Esteves, “um Nobre Selvagem, de ideias civilizadas”, sem perceber como, vê-se um dia em Lisboa.
É então conduzido por alguém que se presta a ser seu guia sem pedir nada em troca. O guia explica-lhe que a planta de Lisboa é como uma mão: “Acredite, isto não vem / Em nenhum guia turístico. À altura Do tenar encontra-se Alfama, / No lado oposto vemos o Bairro Alto / E além, na covinha onde você no Verão, / De passeio pelo glorioso éden de Sintra, / Chapinha na água dum ribeiro, vê a Baixa / Flanqueada à esquerda e à direita por / Colinas.”
Esteves! é um único poema, inspirado na personagem com o mesmo nome do poema “Tabacaria”, de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa). É aí mesmo, à Tabacaria, que “o Esteves sem / Metafísica, esse cujo lema era primeiro / Ver e então sim acreditar” regressa no fim de cada deambulação.

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